A sessão "Care Talks" do passado dia 6 foi muito importante para mim. Tenho um irmão com quem tenho uma relação difícil. Na sessão foi feito o convite de levarmos ( interiormente) uma pessoa para a sessão e sentirmos o que estava a acontecer no nosso corpo. Imaginei este meu irmão na sessão e observei o meu corpo.Estava tenso, em particular o braço, como que querendo esmurrá-lo. Ao longo da sessão fui percebendo que eu tinha algum controlo sobre a situação e que o que sentia em relação a ele era (em parte) responsabilidade minha e não dele. Ganhei consciência que posso olhar para a situação numa perspetiva diferente. Reparei que a tensão foi desaparecendo do corpo ao longo da sessão. No final estava aliviado e tranquilo.

Na última sessão do Ginásio relacional (dia 9) partilhei com o grupo o que acontecera na sessão do Care Talks. O momento da partilha foi poderoso, emocionei-me ao lembrar o que senti durante o Care Talks e o modo como a minha perspetiva sobre a relação mudou de alguma forma, durante esta sessão. A partilha que o Allan fez sobre Marshal Rosenberg, que afirma a este propósito que a causa da raiva nunca é o outro , é o nosso julgamento sobre o que o outro fez, foi um passo mais de descoberta. Entendi que o meu julgamento sobre o meu irmão contribuiu para a raiva que sentia. Fez também sentido o que o Allan explicou sobre a diferença entre fazer um julgamento e ser eu esse julgamento. Como disse o Allan, eu sou o que observa o julgamento, não sou o julgamento. Esta ideia é poderosa porque permite afastar-me do julgamento e observá-lo. Simultaneamente esta ideia é-me familiar: é o que faço na meditação quando me volto ao suporte que escolhi para a sessão de meditação. Também a explicação da Sophie me ajudou quando explicou que quando sentimos raiva há uma necessidade por trás que temos de tomar consciência. Depois de conseguirmos entender essa necessidade, temos de expressar o que é importante para nós. Se não o fizermos, o outro não sabe o que precisamos e o que queremos. Lembro agora uma das sessões de partilha com a Alexandra em que ela identificou uma necessidade minha de que eu não tinha consciência: necessidade de reconhecimento. E sugeriu-me fazer um journaling sobre este ponto. A todos, em particular aos que estiveram na sessão na passada terça feira, que me mostraram o caminho e me deram a inspiração para o percorrer, estou grato.

Meus caros: Procuro companheiro/a para uma sessão de 30 minutos de escuta empática. Tenho disponibilidade de quinta feira até domingo (ao fim da tarde). Mateus

@Ana Carla Botas obrigado! Não disse mais nada, desculpa. Estava a dar apoio a um irmão que precisava de ajuda. Tens disponibilidade na quinta feira, dia 4, ao fim da tarde?

Olá, Sou o Mateus. Vivo perto de Almada, na Sobreda. Tenho dois filhos, jovens adultos, com 22 e 20 anos. Estou aqui porque quero aprender a comunicar melhor com os outros e a desenvolver a empatia com os outros em geral e com os filhos em particular. Para além disto gosto de aprender abordagens novas sobre relações humanas. Os meus passatempos são a música (cantar e tocar guitarra), caminhadas e cinema.