A aula foca na diferença entre cor luz (aditiva) e cor pigmento (subtrativa). Cor Luz (RGB): Explicada por Isaac Newton (1642-1727), que provou que a luz branca contém um espetro de cores. Cor Pigmento (CMYK): Abordada por Johannes Itten (1888-1967), teórico da Bauhaus. Na prática, construímos o Círculo Cromático M.M.C. Infinito usando têmpera guache (CMY) para visualizar primárias, secundárias e terciárias e dominar a mistura de cores.

Perspetiva Atmosférica e Desaturação da Cor Perspetiva Atmosférica é a ilusão de profundidade criada pela atmosfera. Objetos distantes parecem mais claros, menos detalhados e tendem a ter um tom azulado ou acinzentado devido à dispersão da luz.

A Natureza Morta Metafísica transcende a mera representação de objetos. Não é o "o quê", mas o "porquê" das coisas. Nesta pintura, objetos quotidianos (frutas, livros, utensílios) são suspensos num silêncio profundo e numa luz irreal. É a arte do estranhamento lúcido, onde a geometria rigorosa confronta o mistério da existência. Cada sombra, cada objeto isolado, nos força a contemplar a arquitetura do vazio e a solidão dos símbolos. Uma profunda meditação sobre a realidade.

A pintura da anatomia transcende a mera cópia da musculatura e estrutura óssea. O corpo, na tela, não é apenas volume, mas sim um mapa visceral da experiência humana. A forma é o eco da alma. Ao representar um membro, um torso ou uma postura, o artista deve buscar capturar a tensão interna, o peso emocional e a narrativa silenciosa que a psique impõe à matéria. Pintar o corpo é pintar o espírito que o habita, transformando estudo técnico em expressão psicológica profunda.

A pintura abstrata é o mapa do que a alma recusa nomear. É a libertação da cor do seu dever figurativo. Nela, o pincel não serve ao olho, mas à mão que escuta o caos interior. É um diálogo sem palavras entre a tela e o instante, onde as linhas são a caligrafia do impulso e as massas de cor, a arquitetura de um sonho. O Abstrato é a verdade pura do pigmento — o lugar onde o inconsciente se torna forma visível, e a emoção, a única paisagem real.